A plástica ocular é o segmento da oftalmologia que lida com anormalidades relacionadas com as pálpebras, vias lacrimais e órbita, e que também pode ser usada para fins estéticos.
Doenças palpebrais, como tumores benignos ou malignos, cicatrizes e malformações, além do excesso de pele e de gordura, podem levar a queda das pálpebras, obstruindo o eixo visual e comprometendo a visão.
Já o mau posicionamento das pálpebras e cílios, por sua vez, leva a uma exposição contínua do globo ocular, provocando desconforto, lacrimejamento excessivo, inflamações e ulcerações na córnea.
Os traumatismos da pálpebra e órbita são comuns em acidentes de automóvel ou moto e podem causar os mais variados tipos de ferimentos, que devem ser reparados com reconstituição cirúrgica das áreas traumatizadas.
Quando ocorre obstrução das vias lacrimais, além do excessivo lacrimejamento, podem surgir secreção e inflamação no canto do olho. As lágrimas escorrem pelos cantos, parecendo que a pessoa está constantemente chorando. Nesse caso é necessária a desobstrução do canal, com possível necessidade de cirurgia para recanalização do sistema lacrimal.
A toxina botulínica, popularmente chamada de botox, é uma substância que age provocando a paralisia da musculatura periocular. Possui função estética, atenuando as linhas de expressão conhecidas como “pés de galinha” que causam aspecto de envelhecimento precoce. Pode ser usado também no caso de doenças, como por exemplo, blefaroespasmo, em que o paciente pisca involuntariamente sem parar, comprometendo seu convívio social e profissional. O resultado é rápido e satisfatório, percebendo-se já a partir do terceiro dia da aplicação. Seu efeito pode permanecer de quatro a seis meses, havendo necessidade de novas aplicações.
Frente a todos os casos citados acima, a plástica ocular, diante de sua abrangente atuação, pode ser utilizada em diversas situações tanto terapêuticas quanto estéticas.
Portanto, quem se submete a uma plástica na região dos olhos nem sempre está pensando apenas em melhorar a aparência. Alguns problemas oculares, principalmente nas pálpebras, podem comprometer a qualidade da visão e, consequentemente, a qualidade de vida do paciente.
Fonte: Revista Saúde Ativa